Eliseu Pereira de Brito*
Criada no ano de 1989 sobre um criterioso plano arquitetônico, Palmas apresentou-se como uma nova esperança para a população do estado do Tocantins e, da região Sudeste da Amazônia Oriental. Uma cidade que garantiria moradia e serviço para uma população que historicamente sofreu com os isolamentos provocados pelo estado e por barreiras naturais. Mas, com a sua instalação e equívocos na concepção da organização da cidade, esta seria o novo tempo, passou a ser também, um pesadelo para muitas pessoas que vieram atraídas pelas propagandas da nova capital no Brasil.
Por meio da CODETINS - Companhia de Terras do Tocantins, órgão público estadual responsável pela vendas das terras em Palmas, venderam lotes com critérios poucos claros para sua ocupação. Do outro lado, este processo induzia que, a população que não tivesse recursos financeiros, morasse em um local retirado da cidade, chamada de Vila Aureny. Todo este processo provocou imensos vazios urbanos na área planejada e adensamento populacional nas áreas mais distantes, "sem planejamento".
No intuito de tecer uma reflexão sobre a cidade de Palmas, buscou-se neste trabalho discutir o ordenamento urbano da cidade, principalmente, no que tange as moradias de seus habitantes, comparando-a com a forma de condução deste processo, que se aponta que houve uma construção voluntária que produziu diferenciações sociais na cidade. De posse de tal análise, buscar-se-á entender os espaços ordenados/desordenados pelo estado e como, essa desorganização passou a representar o centro do discurso político assistencialista na cidade, configurando um cenário de poder comandado por grupos políticos/empresários imobiliários.
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Programa de Pós-graduação Stricto-sensu, Mestrado em Geografia, pela Universidade Federal da Grande Dourados. Bolsista pela Capes. E-mail: This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it.