Monday, 02 April 2018 12:55

CRÍTICA AO “ESTADO ISOLADO” DE VON THÜNEN CONTRIBUIÇÃO PARA O ESTUDO DA GEOGRAFIA AGRÁRIA Featured

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 Este livro foi, em 1979, defendido como minha Tese de

Doutorado na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências

Humanas da Universidade de São Paulo. Hoje, ano de

2016, depois de 37 anos é transformado em livro. Muitas

razões para não o publicar antes. Uma delas foi um

solene NÃO, que recebi de bucha, e, na cara quando falei

com Armando Correa da Silva sobre sua publicação na

coleção que ele coordenava na Hucitec. O motivo era um

só: meu trabalho não era de Geografia, era de Economia

 

APRESENTAÇÃO

Este livro foi, em 1979, defendido como minha Tese de Doutorado na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Hoje, ano de 2016, depois de 37 anos é transformado em livro. Muitas razões para não o publicar antes. Uma delas foi um solene NÃO, que recebi de bucha, e, na cara quando falei com Armando Correa da Silva sobre sua publicação na coleção que ele coordenava na Hucitec. O motivo era um só: meu trabalho não era de Geografia, era de Economia.

Assim, foi a primeira experiência de um doutor com tese defendida na USP. Não importa, nem mesmo gozando posteriormente da amizade de Armando truquei. Não era necessário, nem mesmo depois de nos anos 80, de ter tido o privilégio de dirigir uma coleção tratei de “enfiar” minha tese naquela editora. Foi melhor assim, o trabalho ficou inédito, embora muito lido, mas está aí, agora, publicado definitivamente.

Às vezes, fico a pensar o que aconteceu, não importa, aconteceu o que tinha que acontecer: mais uma tese foi publicada somente agora, em 2016. Uma tese de doutorado defendida no passado, mas, que continuava inédita, ineditíssima. Uma tese de doutorado publicada pelas minhas próprias mãos, quem diria. Mas foi isso mesmo, que aconteceu, muitas águas passaram por debaixo da ponte, e chegou o dia que eu mesmo publiquei-a.

Mas, fazê-la não foi diferente. Muitos queriam ver minha cabeça rolar em plena ditadura. Muitos mesmo, por isso ela tem um pouco de audácia e peito aberto, quando terminei de fazê-la. Ainda bem, que eu tinha um orientador que sempre soube tratar de seus orientandos. Com Petrone foi assim, você vai a defesa, mas cuide-se porque vai colher o que plantou. E eu colhi, várias safras de inteligências. Várias mesmo.

Não importa mesmo, fui adiante muitos foram meus amigos, Orlando Valverde, Manoel Seabra e ele o grande Petrone. O Valverde conseguiu-me um belo trabalho na UERJ no Rio de Janeiro, depois que eu fora demitido do IPT. Não importava com nada, apenas, pedia a Bernadete para fazer economia, e, me alegrava com seu “já estou fazendo”. Mas felizmente, nunca fiquei parado, pois, dois meses depois da demissão, Antônio Olívio Ceron me convidava, através do Petrone, para ser professor em Rio Claro. Foi minha primeira experiência como professor, mas, visitante. Foi aí que eu conheci o Ceron. Grande geógrafo que garantiu minha presença naquela escola por 4 votos favoráveis contra sete abstenções. Foi lá em Rio Claro que comecei a aprender que nem tudo era motivo de festa. Mas foram dias gloriosos aquele “pós-doutorado” que fiz na Unesp em Rio Claro. Foram dois anos, mas muito intenso e denso. Mas, foram dias felizes que passei naquela universidade. Tão felizes que ganhamos o Emiliano de presente, mas ele nasceu em São Paulo pelas mãos do mesmo médico que já cuidara de Úrsula. Era necessário.

A aventura de ensinar na universidade terminou cedo em Rio Claro, pois, eu já havia prestado e passado um concurso aqui na USP. Mas foram seis meses lá e cá, cá e lá. Não importa, fiz tudo o queriam ou quiseram. Ingressei no Departamento de Geografia em 29/02/80, um dia que aniversariava a cada quatro anos: bissexto. Eu ria, nunca lamentei, porque era só alegria ensinar na mesma universidade que acabara de concluir. E foi só o começo, porque a cada concurso vieram mais, e mais marxistas na Geografia da USP. Pintamos de vermelho esta parte da USP.

De lá para cá, foi um “pulinho”, nem vi passar. Mas, minha tese de Doutorado foi minha carta de alforria. Talvez, por isso, que eu nem liguei quando da negativa da publicação da tese. Publico-a agora, em 2016. E, ela sai “quentinha”, pois é, quem diria, 37 anos depois de defendida. Por certo, minguem vai dizer que fui “oportunista”, como ousaram dizer lá no início dos anos 80. Mas, é isso a tese sai agora e por incrível que pareça, sai “quentinha” pois, estava no forno até agora.

Delicie porque eu estou deliciando desde que fiz a revisão.

Ariovaldo Umbelino de Oliveira

(Numa incrível tarde de sábado do outono paulistano de 2016)

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