De Ariovaldo Umbelino

A Amazônia e a reforma agrária estão novamente nas manchetes da mídia impressa, falada e televisada, pois, novamente o desmatamento aumentou no último mês de agosto atingindo 75.600 hectares contra apenas 32.300 hectares no mês de julho. Com a divulgação do fato, o ministro do Meio Ambiente apresentou a lista com os 100 maiores desmatadores da Amazônia Legal, entre 2005 e 2008. Para surpresa geral e sorrisos rasgados do agronegócio, assentamentos do Incra ocupam os seis primeiros lugares.

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De Horácio Martins de Carvalho
Curitiba, 26 de fevereiro de 2009

Deixar os camponeses no Brasil ao sabor das conciliações negociadas de classe que as iniciativas corporativistas das suas instituições de mediações de interesses, dos programas governamentais de apoio à agricultura familiar e dos auxílios de caridade das organizações sociais tão somente lhes proporcionam, supostamente com a melhor das intenções, é dissipar as esperanças desses camponeses de se tornarem sujeitos sociais ativos na construção de uma contraconsciência á ideologia dominante que lhes permite, por uma práxis social combativa como classe social, enfrentar aqueles que lhe exploram economicamente e lhes subordinam político-ideologicamente: os capitalistas do agronegõcio e dos bancos.

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Júlio Cézar Ribeiro*

Há milênios sujeito e objeto, produtor e produto são confundidos e têmsuas posições trocadas. Mas há diferenciações dessas condições em cadasociedade de classes. Temos que compreender a escravidão antiga e a que insisteem ressurgir em recantos escondidos na atualidade. A sacramentada escravidão deoutrora é negada teoricamente pelo sistema da “liberdade de mercado” atual, indaque na prática tenha muitos de seus elementos capturados organicamente pelostentáculos capitalistas. Longe de disfunção momentânea, a função maior do capital éo lucro, a qualquer custo. Outro não poderia ser nosso interesse que o de trazer àarena da Geografia a compreensão da espacialidade escravista antiga para, em umsegundo momento, a relacionarmos aos mecanismos hodiernos ressuscitados pelaeconomia burguesa, comprovando, enfim, que o tempo não é linear e nem o espaçoharmônico e evolutivo.

Palavras-chave: modo de produção escravista, propriedade privada móvel,propriedade privada imóvel, sociedade de classes, escravidão direta e indireta.

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Professor do curso de Geografia da UFT/Araguaína. Artigo publicado na revista AGB/TL. E-mail: This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it.

Aline Gonçalves Sêne*

O reassentamento de Luzimangues está localizado no município de Porto Nacional – Tocantins, às margens da TO-080, e é formado por 83 famílias impactadas pela construção da Usina Hidrelétrica Luis Eduardo Magalhães (UHE), instalada no município de Lajeado. O reassentamento é uma área rural que está aproximadamente à 20 quilômetros da Capital do Estado, Palmas. E as famílias que o constituem são oriundas de fazendas e vilas que ficavam as margens do rio Tocantins: as fazendas Ribeirão do Maia, Sapezal, Brejinho da Vila da Balsa e Mutuca e os loteamentos Maria da Balsa e Vila Luzimangues.

Gleys Ially Ramos dos Santos*

Os apontamentos que apresentamos aqui são resultados parciais da pesquisa sobre relaçõesde gênero na luta pela terra em Porto Nacional, TO. Discutindo a questão agrária, os movimentossociais e o gênero neste entremeio, vamos desenvolver um trabalho onde não só o objeto, mas aprópria ciência pudesse nos ceder espaço para as discussões de gênero. Neste ínterim estaremosabordando alguns tópicos pertinentes aos estudos de gênero e a questão agrária, numa análise emque se evidencia o ambiente e duas categorias analíticas; Gênero e Movimentos Sociais.

Gleys Ially Ramos dos Santos*

Temis Gomes Parente*

Este trabalho objetiva analisar as discussões dos problemas ambientais e suas implicações nas relações de gênero e moradia sobre questionamentos de significados dominantes a partir das representações do que é ser mulher, de moradia e ambiente sob a ótica de mulheres atingidas. Tomando como crivo um setor pobre e periférico do município de Porto Nacional, o Barreiro de Saibro, impactado pela formação do Lago Tocantins conseqüente à construção da UHE de Lageado. Nossa pesquisa iniciou com aplicação de questionários com o método de avaliação contingente objetivando saber a DAR (Disposição a Receber), isto é, a disposição mínima a receber de mulheres atingidas para abrir mão de suas moradias, analisando aí as variáveis ocupação profissional, renda, estado civil, nível escolar, situação de moradia, bem como o cenário em que estão inseridas avaliando a situação de perda ou ganho através variação compensatória e equivalente. Finalizamos como o método de História Oral, para perceber quais as perspectivas dessas mulheres quanto ao futuro e o que elas realmente deixam para trás além de seu espaço e suas casas. Fizemos também uma pequena oficina/palestra desenvolvendo os temas do trabalho: gênero, ambiente e moradia com as mulheres entrevistadas neste trabalho, a pedido das próprias moradoras do setor.

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*Geógrafa – Mestranda em Desenvolvimento Regional e Agronegócio/UFT. E-mail: This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it.
**Drª em História – Professora do Mestrado em Desenvolvimento Regional e Agronegócio/UFT.

Eliseu Pereira de Brito*

Criada no ano de 1989 sobre um criterioso plano arquitetônico, Palmas apresentou-se como uma nova esperança para a população do estado do Tocantins e, da região Sudeste da Amazônia Oriental. Uma cidade que garantiria moradia e serviço para uma população que historicamente sofreu com os isolamentos provocados pelo estado e por barreiras naturais. Mas, com a sua instalação e equívocos na concepção da organização da cidade, esta seria o novo tempo, passou a ser também, um pesadelo para muitas pessoas que vieram atraídas pelas propagandas da nova capital no Brasil.

Por meio da CODETINS - Companhia de Terras do Tocantins, órgão público estadual responsável pela vendas das terras em Palmas, venderam lotes com critérios poucos claros para sua ocupação. Do outro lado, este processo induzia que, a população que não tivesse recursos financeiros, morasse em um local retirado da cidade, chamada de Vila Aureny. Todo este processo provocou imensos vazios urbanos na área planejada e adensamento populacional nas áreas mais distantes, "sem planejamento".

No intuito de tecer uma reflexão sobre a cidade de Palmas, buscou-se neste trabalho discutir o ordenamento urbano da cidade, principalmente, no que tange as moradias de seus habitantes, comparando-a com a forma de condução deste processo, que se aponta que houve uma construção voluntária que produziu diferenciações sociais na cidade. De posse de tal análise, buscar-se-á entender os espaços ordenados/desordenados pelo estado e como, essa desorganização passou a representar o centro do discurso político assistencialista na cidade, configurando um cenário de poder comandado por grupos políticos/empresários imobiliários.

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Programa de Pós-graduação Stricto-sensu, Mestrado em Geografia, pela Universidade Federal da Grande Dourados. Bolsista pela Capes. E-mail: This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it.

Por: Patrícia Rocha Chaves e Elizeu Ribeiro Lira

Este artigo trata do exercício da prática de geografia em sala de aula, no Centro de Ensino Médio Cem Félix Camôa, percebemos que temas atuais como, o estudo dos movimentos sociais, nem ao menos permeiam as discussões na aula de geografia. Enquanto no Estado do Tocantins e especificamente em Porto Nacional, foi presenciada a territorialização dos movimentos sociais, principalmente os de maiores repercussão como o MAB (Movimento de Atingidos por Barragens) e o MST (Movimento Sem Terra). Os alunos do referido colégio não são levados a debater as questões relevantes aos movimentos sociais e por outro lado, os professores apresentam uma enorme dificuldade em lidar com o tema. Nesse artigo, nos propusemos a pesquisar esse tema no Centro de Ensino Médio Cem Félix Camôa, a fim de identificar o problema da ausência dos conteúdos sobre movimentos sociais na sala de aula, propondo apresentar os resultados da pesquisa junto aos professores de geografia, da rede de ensino público, do município de Porto Nacional.

Palavras-chave: Ensino de Geografia, Movimentos sociais, Cidadania, Sócioterritorialização, Sócioespacialização.

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Por: Elizeu Ribeiro Lira

Este artigo é resultado dos trabalhos de campo, iniciados durante nosso doutorado na Unesp/FCT e continuados no Nurba (Núcleo de Estudos, Regionais e Agrários) num projeto de pesquisa intitulado Aldeamentos e Cidades no Tocantins. Trata-se dos estudos territoriais da tribo Krahô, grupo pertencente a grande Nação dos Timbira, que inicialmente habitavam as terras do sul do Maranhão e hoje tem seu território localizado no município de Itacajá no Nordeste do Estado do Tocantins. Essa tribo foi deslocada do sul do Maranhão (Carolina), para o nordeste do Tocantins (Pedro Afonso), pela ação invasora dos criadores baianos e piauienses que ocuparam suas terras com fazendas de bovinos, exterminando-os, expulsando-os dos seus campos de caça e coleta, onde exerciam suas principais atividades de sobrevivência. Esses campos compostos de mata galerias, cerrados e várzeas eram territórios sagrados, isso devido sua fundamental importância no processo de ralações intra e extra-tribais, porém “coincidentemente” esses espaços eram também importantes para a expansão dos rebanhos bovinos. A frente de expansão pastoril a partir do século XIX orientou e organizou, financiados pelo Estado Imperial e com apoio das Missões religiosas, o processo de invasão e ocupação do sul do Maranhão, exterminando vários grupos Timbira e expulsando a maioria dos remanescentes, dentre eles os Khraô.

Palavras chave: Geografia, Território indígena, frente de expansão, Povo Krahô.

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